As cores do fenômeno

Sensação entre os adolescentes, banda Restart faz show domingo, na Capital

Eles costumam ter entre 13 e 14 anos de idade, usam tênis coloridos e calças com cores chamativas e vivem cantando músicas com letras apaixonadas, com uma pegada pop rock. Esses adolescentes que circulam nas escolas, nas ruas e até mesmo dentro da sua própria casa fazem parte da família Restart, uma legião de fãs de Pe Lanza, Pe Lu, Koba e Thomas.

Na Capital, centenas destes jovens se concentrarão neste domingo, na Life Club. O grupo estará no College Party, em promoção da Atlântida FM.

A febre que gira em torno da banda é recente. Na estrada desde 2008, suas músicas e seu estilo estouraram realmente há menos de um ano. A maioria dos fãs conheceu os meninos através da internet, em sites como o My Space.

É o caso da blumenauense Andressa Lopes Costa, 14 anos. A menina estava atrás de bandas com músicas românticas quando encontrou o Restart. Outros só descobriram o grupo quando ele caiu nas graças de programas da MTV e do Multishow.

– Comecei a gostar deles quando vi no Top 10 MTV o clipe da canção Recomeçar. Me apaixonei na hora pelo estilo – conta a adolescente Carolina Soares Sá, 14 anos.

Hoje, os integrantes do Restart estampam capas de revistas, suas músicas estão entre as mais pedidas das principais rádios e eles fazem shows em programas de auditório, além de circularem pelo Brasil, em turnê. Assim como ocorre com adolescentes fanáticas por astros do rock – desde os Beatles, na década de 1960, passando pelos Menudos, nos anos 1980, e pelos Backstreet Boys, no final dos anos 1990 –, as meninas fãs do Restart colecionam pôsteres, revistas, fotos no álbum do Orkut e rabiscam em cadernos e estojos escolares os nomes dos artistas. Os motivos que levam as adolescentes a preferirem eles à bandas como Cine e NXZero que, de certa forma, anteciparam o sucesso do grupo, variam. Umas consideram a dedicação às fãs, as músicas românticas ou o jeito meigo. Beatrice Bernardes Schmidt, 13 anos, que comprou calça colorida, pôster e ingresso para o show, opina:

– Eles são bem engraçados e têm estilo próprio – define.

Beatrice precisou convencer a mãe a levá-la ao show, com Leticia Dallabrida Stolf, 13 anos. Diferentemente das demais meninas, Leticia descobriu a banda há quatro meses, quando amigas apresentaram as músicas do grupo. Ou seja, o resultado de tanto sucesso também vem do boca-a-boca entre a galera adolescente.